sábado, 2 de fevereiro de 2013

Comércio espera abrir 465 mil vagas este ano

» DANIELA AMORIM DA AGÊNCIA ESADO

 

O comércio deve voltar a impulsionar o mercado de trabalho em 2013. A previsão é de

geração de 465 mil novos postos de trabalho formais no setor ao longo deste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Embora o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) de janeiro tenha registrado queda de 1,6% na comparação com igual mês de 2012, houve forte melhora na expectativa de contratação de funcionários (5,3%). "Em 2012, o emprego já tinha crescido bem. O comércio e os serviços responderam por cerca de 80% dos postos de trabalho criados.

Então, essa alta (na expectativa de novas contratações) foi surpreendente. Esperávamos aumento menor. Vamos ver se isso se confirma ao longo do ano", ponderou Fabio Bentes, economista da CNC.

O comércio gerou 372 mil vagas com carteira assinada no ano passado. "Embora o número absoluto seja maior este ano, a variação é menor", ressaltou Bentes. O aumento no número de vagas foi de 4,4% em 2012 em relação a 2011. Se a previsão para 2013 se confirmar, o avanço no emprego no setor será de 3,1% ante o ano anterior.

O bom momento do emprego no comércio é creditado à expansão nas vendas. A previsão da CNC é de que o volume vendido no varejo avance 7,5% este ano. "O crescimento esperado de 7,5% (nas vendas) em 2013, em cima de um ano em que já cresceu 9%, é muito forte. Se a perspectiva de venda é boa, o empresário do comércio

tem que contratar. Na indústria, o empresário faz investimento em equipamentos, mas o comércio é muito intensivo em mão de obra", lembrou Bentes.

 

Estoques

 

Em janeiro, a avaliação dos empresários sobre a situação atual dos estoques também melhorou (1,2%), enquanto o nível de investimentos das empresas permaneceu estável. O indicador das expectativas do empresário, por sua vez, manteve-se equilibrado, mas ainda em patamar bastante otimista, nos 154 pontos, numa escala que vai de 0 a 200 pontos. Por outro lado, o indicador que mede a percepção sobre as condições atuais teve recuo de 7,2% ante janeiro de 2012, com piora significativa nas avaliações sobre a economia, sobre o setor e sobre a empresa.

 

FONTE: Jornal do Comércio – 30/01/2013 – A - 4

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