sexta-feira, 16 de junho de 2023

Microempresas querem protestar no Planalto por custo do Pronampe

Por Ana Dubeux – A tensão entre os pequenos e microempresários (PMEs) e os bancos públicos está próxima do limite do desgaste com o governo federal. A situação chegou a tal ponto que esses empresários pediram ajuda a interlocutores aliados do governo.

Criado pelo governo passado como um instrumento de socorro durante a pandemia, o Pronampe teve seu custo elevado de 3,25% para 13,75% ao ano, em razão do aumento da Selic. Quem adquiriu o financiamento afirma que a dívida se tornou impagável. À frente dessas operações, os bancos públicos, por sua vez, iniciaram uma caçada aos inadimplentes. E o processo de cobrança ameaça a operação dos pequenos.

Apesar da portaria da Secretaria de Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC) autorizar as instituições financeiras a renegociarem, os bancos públicos não atenderam à orientação. E quem ainda precisa de crédito, também não poderá mais contratar. No último dia 12, a União suspendeu novos empréstimos dessa linha.

Insatisfação

A crise já se direciona ao presidente Lula, que teve apoio de uma parcela importante dos pequenos empreendedores. Entre os microempresários há muitos petistas da Associação Latino-Americana de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Alampyme-BR), cuja seção no Brasil foi criada a pedido de lideranças do partido. Alguns mais radicais se unem no chamado Movimento dos Empresários Esquecidos e sem Lula (MEESL). Já procuram interlocutores do presidente e falam até em protestar na porta do Planalto.

Fonte: Correio Braziliense

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