O jornalista Thiago Domenici, autor da reportagem que denunciou o uso de robôs para a correção de redações nas universidades do grupo Laureate, participou em 5/5 de live com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL). O expediente vinha sendo utilizado sem o conhecimento dos alunos e com orientação expressa para que os professores, se indagados, dissessem que eles mesmos faziam as correções.
Em 2019, o repórter da Agência Pública já havia publicado outra matéria sobre irregularidades no EaD das 11 instituições brasileiras vinculadas à multinacional, como as paulistanas FMU e Anhembi Morumbi. "Os professores eram obrigados a forjar atas para o reconhecimento de cursos junto ao MEC", explicou. A informação foi corroborada ao vivo, via chat, pelo depoimento de Margarete Cabé. Instada a fraudar a carga horária dos estágios no curso de serviço social, ela optou por deixar o emprego.
Também participou da videoconferência Gabriel Teixeira, uma das fontes de Domenici para a investigação dos fatos. Ex-funcionário da Laureate, o professor relatou o processo de "automação do trabalho do docente", que está sendo relegado à função de mero reprodutor do conteúdo das apostilas e de videoaulas. Mesmo as provas são feitas com base em um banco de questões elaborado por terceiros. "Para essas grandes corporações, o professor é um custo a ser cortado", resumiu, relembrando que em 2017, quando o grupo Estácio demitiu 1,2 mil professores, suas ações imediatamente subiram 8 pontos na bolsa de valores.
Fonte: Assembléia Legislativa do Estado de SP - https://www.al.sp.gov.br/noticia/?13/05/2020/correcao-de-redacoes-por-robos-e-prova-de-que-modelo-de-ead-oferecido-e-fraude
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