quinta-feira, 14 de maio de 2020

14/05/2020-RJ - REDUÇÃO DE MENSALIDADES: PROPOSTA RECEBE 81 EMENDAS E SAI DE PAUTA

O projeto de lei 2.052/2020 recebeu 81 emendas dos 
parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado 
do Rio de Janeiro (Alerj) durante sessão plenária virtual 
nesta quarta-feira (13/05) e saiu de pauta. 

A medida determina a redução do valor das mensalidades 
das instituições privadas de ensino enquanto perdurarem os 
decretos do Governo do Estado que estabeleceu o plano de 
contingência do novo Coronavírus. 

Agora, as emendas  serão analisadas em uma audiência 
pública na próxima terça-feira (19/05), antes da votação 
definitiva em plenário, que também deve acontecer na 
próxima semana.

A proposta já foi tema de duas audiências públicas virtuais. 
O projeto original determinava uma redução linear de 30% 
nas mensalidades, mas a Comissão de Constituição e Justiça 
(CCJ) já havia proposto modificações com a adoção de um 
critério de escalonamento de acordo com o número de alunos 
de cada instituição. O benefício também não seria concedido a 
quem estivesse inadimplente no período anterior à pandemia.

Presidente da Alerj e autor original da proposta, o deputado 
André Ceciliano (PT) destacou que o objetivo do projeto é 
garantir que pais e alunos que perderam renda durante a 
pandemia consigam pagar as mensalidades. “Não vai haver 
nenhuma imposição. Sabemos das dificuldades de pequenas 
escolas, por exemplo, e estamos realizando todos os debates. 
O objetivo é defender o consumidor e pessoas com menos 
poder aquisitivo que muitas vezes não têm voz”, afirmou Ceciliano.

Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado 
Waldeck Carneiro (PT), defendeu a proposta, e explicou que 
produziu emendas para determinar um desconto progressivo 
com base no valor da mensalidade e margem de lucro das 
escolas e universidades. “O serviço contratado, a educação 
presencial, ou foi suspenso ou está sendo oferecido a distância. 
Por isso é preciso haver uma repactuação. Mas precisamos olhar
 o lado das instituições de ensino, para não tratar desiguais de 
forma igual. 
O sistema tem instituições que são conglomerados educacionais 
com lucros elevados, e também escolas de bairro, comunitárias, 
por isso é preciso diferenciar”, destacou.

O deputado Flávio Serafini (PSol), presidente da Comissão de 
Educação da Casa, afirmou que o objetivo é prevenir conflitos judiciais. 
“Depois de reuniões e de ouvir diversos segmentos que nos 
procuraram, inclusive a defensoria pública, fizemos emendas para 
estender o escopo do projeto, por exemplo, especificando 
trancamento de disciplinas e a cobrança de algumas taxas. Também 
tratamos da mesa de negociações entre as escolas, os responsáveis e 
os alunos. A ideia é pacificar o tema e evitar que a única saída seja a 
Justiça”, concluiu.



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