O ilustre desconhecido Alexandre Azambuja chama atenção com registro de quatro empresas abertas e outras 16 na manga Até dezembro, Alexandre Azambuja não era um nome conhecido no cenário financeiro nacional. Não é banqueiro, investidor, tampouco operador. Oempresário curitibano está no comando da Templars Trust, um apanhado de planos de negócios à procura de financiamento — e todos via bolsa de valores. Ele quer, sem medo de assumir, ser o Eike Batista das microempresas. No fim do ano passado, solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registro de companhia aberta para a Intercosmetics Holding, empresa que quer ser uma consolidadora de salões de beleza. Mais três se seguiram — de estacionamento, bebidas energéticas do grupo Playboy e pesquisa mineral para a exploração de ouro. No próximo dia 27 está prevista a entrada na CVM da quinta empresa, que pretende entrar na briga de consolidação de drogarias e já tem três redes de farmácias negociadas. A Drogarias Americanas será a primeira a já entrar com solicitação de empresa aberta e, ao mesmo tempo, pedido na BM&FBovespa para registro no Bovespa Mais, segmento de ações voltado para companhias de menor porte e capitalização. "Todos estão muito interessados em varejo e especialmente nesta área de drogarias, então adiantamos esse plano", conta Azambuja. A rede de farmácias deve ser a primeira a inaugurar o modelo de captação que ele quer adotar nos demais negócios — um leilão privado de ações, para levantar entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. "Vamos fazer uma sequência de tranches pequenas, para depois de alguns anos fazer o IPO (oferta pública inicial) das empresas", explica. "Não estamos falando do que chamam de 'small caps', que apesar do nome são empresas de porte considerável e que buscam aportes a partir de R$ 150 milhões, mas sim de 'microcaps'." Todas essas companhias fazem parte do que Azambuja chama da "safra de 2010" da Templars, composta por planos de negócios que vêm sendo desenvolvidos para ganhar corpo e alguma concretude para vir a mercado. Significa que tem muito mais por vir: só nesta safra, são mais de 20 empresas. Portanto, pelo menos mais 16 na manga para tentar atrair investidores. "Vamos colocando devagar no mercado", diz Azambuja. Devagar não parece exatamente o termo para o ritmo da Templars, com a sequência de registros de suas empresas, todas sem uma marca previamente conhecida. Mas ele argumenta que os processos de desenvolvimento de cada uma delas tiveram início há mais de dois anos, com detalhamento e prospecção de negócios, obtenção de licenças quando necessário e constituição de braços operacionais. "Nesse período, preparamos a documentação, os balanços trimestrais auditados, comitê de auditoria e política de governança." No caso da Play Beverage, por exemplo, a Templars montou uma outra empresa que detém a operação. Já chegaram ao Brasil 30 contêineres com o produto para o lançamento no país, que pode ser neste trimestre. A companhia pagou cerca de US$ 2 milhões e fez uma série de comprometimentos de investimentos à Playboy pela licença por 10 anos (renováveis por mais 10) para uso da marca e distribuição do energético e depois entra nos subprodutos, como água mineral e águas com sabor para toda a América Latina. "Para já ir andando com questões de importação, criamos a empresa operacional que será adquirida pela pré-operacional que vai para a bolsa", explica. O empresário destaca que o que dá conforto para a estratégia aplicada é que a Templars já tem investidores interessados em entrar nos leilões de ações —são family offices e fundos de private equity. "Não sou louco. Estou confortável em encaminhar as empresas a mercado porque já tenho os investidores, a diferença é que ao invés de um aporte em empresa fechada o farão via bolsa", afirma. Lições em atas e prospectos | |
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Ele quer ser o Eike Batista das microempresas
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