sábado, 23 de fevereiro de 2013

Estoque baixo impacta Cia Hering no início de 2013

Os estoques mais baixos das lojas da Cia Hering no início do ano prejudicaram o volume de vendas no primeiro trimestre até o momento, mas empresa acredita em recuperação
 
"No primeiro trimestre até agora (...), o desempenho foi fraco em relação à falta de promoções. Terminamos 2012 com estoque muito baixo", disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da companhia, Fabio Hering, em teleconferência com analistas.

A partir de meados de fevereiro, o executivo vê melhora no desempenho, com o crescimento das vendas mesmas lojas --aquelas abertas há mais de um ano, na medida em que a companhia tem boas expectativas com a coleção de inverno e com o câmbio.

"A grande maioria dos fatores que afetaram a gente em 2012 tendem a não estar presentes em 2013", disse o diretor de finanças e relações com investidores", Frederico Oldani, durante a teleconferência.

As ações da Cia Hering, que chegaram a operar em alta de 2,3 por cento mais cedo e tiveram leve queda após as declarações dos executivos, às 13h19 ganhavam 0,08 por cento. Enquanto isso, o Ibovespa exibia alta de 0,26 por cento.

Na noite de quinta-feira, a empresa anunciou recuo de 4 por cento em seu lucro líquido no quarto trimestre, para 101 milhões de reais, pressionado por uma menor receita financeira e ganhos não-recorrentes no mesmo período de 2011.

Depois de enfrentar dificuldades em 2012, a varejista disse esperar crescimento moderado para vendas e resultados em 2013, ano em que também não vê evolução das margens operacionais.

A companhia vê a possibilidade de recuperar em 2013 parte da margem bruta perdida no ano passado, mas não de expandir a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).

"A gente não vê muito espaço para expansão de margem (Ebitda) no ano. Para isso acontecer, a gente precisaria de um cenário de vendas realmente muito forte. Pode acontecer? Pode, mas não é o cenário base que a gente está enxergando", afirmou Oldani.

Expansão

A companhia espera melhorar a produtividade das lojas e o mix de produtos vendendo um número maior de peças e aumentando o preço médio por meio de repasse de inflação e vendas de produtos mais caros, e planeja também mudar o projeto arquitetônico dos pontos de venda.

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