quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Portugal é o segundo país do Mundo com maior aumento de impostos nos últimos três anos

Só a Argentina teve uma maior subida de impostos do que Portugal, entre 2009 e 2012. A conclusão é do relatório Fiscal Monitor, realizado pelo FMI, citado pelo DN e divulgado esta semana.
 
O FMI alerta para os riscos contraproducentes de aumentos alargados de impostos e dá ideias para optimizar as ideias em vigor. No relatório, a instituição liderada por Christine Lagarde constata que os países com programas de ajustamento em andamento precisaram de incluir medidas de cortes no investimento e aumentos alargados de impostos, que podem limitar o crescimento a prazo.

Segundo noticia hoje o "Diário de Notícias", o estudo teve por base a análise de 37 países da Europa e do G20, entre 2009 e 2012, e a Argentina foi o país que mais aumentou a carga fiscal (3,5% do seu Produto Interno Bruto), sendo que Portugal agravou as suas contribuições fiscais em mais 2,8% do PIB. Apesar do crescimento, Portugal ainda não tem das cargas fiscais contributivas mais elevadas da Europa, mas esta tem crescido de forma persistente desde 2009 (o maior agravamento ocorreu em 2011), devendo atingir os 36% do PIB este ano, segundo a Comissão Europeia.

A maior fatia do agravamento fiscal, dois terços, decorre dos impostos indirectos. Neste ranking do FMI seguem-se em terceiro lugar a Rússia, e no quarto posto a Lituânia.

O FMI sugere a Portugal para desagravar o seu figurino tributário que se acabe com as declarações de impostos por agregado familiar, passando o regime a ser individual, que na óptica daquela organização internacional seria uma forma de aliviar a carga fiscal sobre as mulheres e incentivar mais empregos para elas. Em Portugal, o desemprego é maior entre as mulheres do que entre os homens. No cenário elaborado pelo FMI admite-se que os impostos subam para os cidadãos de sexo masculino para poder financiar uma descida para as mulheres.
 

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