quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Setor têxtil prevê queda de 15,4% no faturamento

Dados preliminares da indústria de confecção projetam receita de US$ 56,7 bilhões em 2012, quase US$ 11 bilhões a menos que os R$ 67 bilhões obtidos no ano anterior

 

» VANESSA STECANELLA

DA AGÊNCIA ESTADO

 

O setor têxtil e de confecção deve fechar 2012 com faturamento de US$ 56,7 bilhões, de acordo com dados preliminares divulgados ontem pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho. Caso seja confirmada, a cifra representará uma queda de 15,4% em relação a receita de US$ 67 bilhões obtida em 2011.

Entre janeiro e novembro do ano passado o setor têxtil recuou 4,6% em volume se

comparado a igual intervalo de 2011. Já na confecção, a redução no período foi de 10,5%.

Em contrapartida, o volume de vendas no varejo cresceu 3,4% nos 11 messes do ano passado ante igual período de 2011.

Diniz Filho disse que a diferença no volume da indústria e do varejo está relacionada ao aumento das importações. De janeiro a novembro a importação de vestuário subiu 19,6% em relação a iguais meses de 2011. "Não somos contra a importação. Somos contra a concorrência desleal e predatória, que tira emprego e condições de investimentos", disse.

O dirigente revelou que a entidade está tentando um encontro com a presidente Dilma Rousseff para discutir medidas para reverter esse cenário, visando expansão da produção nacional. "A presidente vem falando com vários setores da economia, mas ainda não atendeu a Abit. Vamos continuar tentando essa importante conversa", afirmou.

 

Projeção para 2013

 

Para 2013, entretanto, a Abit projeta alta de até 2% na produção. Segundo Diniz Filho, o varejo de vestuário deve registrar crescimento físico de 4% neste ano. Por sua vez, o faturamento do setor de têxtil e de confecção deve atingir US$ 53 bilhões, ante previsão de US$ 56,7 bilhões para o fechado de 2012.

O dirigente revelou que a entidade estima avanço de 2,4% na indústria de transformação e estabilidade para geração de emprego no setor de têxtil e de confecção.

"Se caminharmos para o PIB de 3% e a maturação das medidas do governo ocorrer, teremos um 2013 melhor", ponderou o presidente da Abit.

  

 

FONTE: Jornal do Comércio/RJ – 22/01/2013 – Página A-4

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