terça-feira, 2 de abril de 2013

Redução de imposto beneficia bens de capital

Quase 300 itens de bens de capital, informática e telecomunicações, sem similares no mercado nacional, terão o Imposto sobre Importação reduzido para 2% temporariamente.  A lista dos novos ex-tarifários está em duas resoluções (17 e 18),  publicadas ontem pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). A resolução nº 17 altera para 2% as alíquotas do imposto sobre vários bens de capital, como motores de pistão, bombas centrífugas, entre outros, até 31 de dezembro de 2013. Já a resolução nº 18 fixa a mesma alíquota para bens de informática e telecomunicações, que terá validade até 31 de dezembro de 2014. 
 
 
Os ex-tarifários são um instrumento do governo para baratear o custo dos investimentos por meio da redução da tarifa de importação para máquinas sem produção nacional e que estejam vinculadas a projetos de investimentos apresentados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A nova lista de incentivos se soma a 618 itens que também tiveram o imposto reduzido em fevereiro deste ano. 
 
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) informou que vai avaliar as novas concessões com o objetivo de checar se, de fato, não há fornecedores no mercado nacional. De acordo com o diretor-executivo de tecnologia, João Alfredo Delgado,  a Camex publica mensalmente uma lista de ex-tarifários com até 300 itens por mês na área de bens de capital. E cerca de 10 itens costumam ser contestados porque existe fabricante no mercado nacional. "Nesta lista, por exemplo, há seis revogações solicitadas pela entidade", informou. 
 
De acordo o diretor da Abimaq, embora sejam bens de capital específicos, o governo vem facilitando a concessão de ex-tarifários ao mesmo tempo em que impõe exigências ao fabricante brasileiro nos casos de contestação. Há dois anos, diz Delgado, o fabricante nacional é obrigado a apresentar nota fiscal do fornecimento do equipamento incluído na lista. "Falta isonomia porque a mesma exigência não é feita ao fornecedor estrangeiro", critica.
 
Para o presidente da Associação Brasileiras dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei), Ennio Crispino, a redução do imposto para 2% para itens não produzidos no País é o mínimo que se poderia esperar do governo. "O ideal seria zerar a tributação", completa.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário